sexta-feira, 18 de julho de 2014

2006.11.19

É impressionante o quanto a forma como as pessoas nos vêem nos afeta. Que tristeza pode sentir o coração do homem, e quanto ódio pode abrigar... o mesmo coração que ama é tão capaz de odiar.
É impressionante o quanto as pessoas são más, aquelas que mais amamos são as que mais gostam de nos humilhar.
É impressionante o quanto as pessoas são iguais. Tão fácil julgar os "erros" dos outros e tão difícil aceitar os nossos.
Por que as pessoas sempre esperam de nós justamente aquilo que não são capazes de fazer? E, é tão irônico que, ainda nos acusam por não conseguirmos fazer apenas aquilo que ninguém também foi capaz.
Ainda mais insuportavelmente difícil de aceitar é que apesar de tudo não somos imunes a elas.
Ficamos nos julgando demasiadamente maus... sujeitos a justiça divina. Qual o propósito de tudo isso?
É possível suportar a própria fraqueza..? 
É impressionante o quanto as pessoas são mesquinhas, e aqui me incluo. O mundo não está preparado para a verdade e nem as pessoas pro julgamento do mundo. Todos tem os mesmos pensamentos, mas quando alguém os expressa é julgado na velocidade da luz. 
Na melhor das hipóteses: Louco!
Porém, idiota, alienado, imoral... são mais comuns. 
Nossa imagem no espelho do outro é na maioria das vezes contrária a tudo que possamos aceitar: o perfil do mais desprezível ser humano. E isso é estranho por que na verdade mantemos oculto aquele “eu” que sabemos ser realmente mau.
As pessoas não compreendem nossas atitudes e tentam nos explicar segundo sua concepção de vida e mundo que não tem nada a ver com a nossa. É exatamente aí que acontecem os erros que nos arrasam. Como escapar da mediocridade?
Para ter o amor dos nossos pais, temos que viver exatamente como eles sonharam viver!
Eles “sempre” sabem mais e podem ensinar o caminho “certo”.
Ao contrário de Deus, não nos dão livre-arbítrio. Não nos permitem aprender com nossos próprios erros sem sentir uma imensa culpa por ter lhes causado dor e destruído todos os seus sonhos. Já não basta nossos próprios problemas!
Muitas vezes esquecem que a criança pensa e sente e um dia vai querer escapar da prisão psicológica. Mas para isso existem as chantagens emocionais. Sofrem dizendo que não são amados quando sabem muito bem que isso não é verdade. Batem nesta tecla por que não conhecem o efeito devastador que tem no frágil “eu” de uma criança.
É tão difícil saber quando ser generoso e quando ser inflexível. É tão difícil suportar pacientemente as tragédias e esperar pelo resolver de uma situação que parece só ter jeito com a morte.

É tão difícil aceitar que a pessoa que odeio por ter sido dura comigo e apontado meus erros talvez esteja com a razão. É tão difícil fazer o que precisa ser feito. As vezes fico me perguntando se conseguirei manter meu coração humilde diante das constantes acusações que sofro. Se pudesse ser apenas quem eu sou... 

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