sábado, 9 de abril de 2011

Difícil arte de amar!



Escutando stereo love agora sinto uma espécie de tristeza pela inocência perdida. Nunca mais amarei como antes além de alguns segundos. Quando começo a fantasiar e idealizar alguém ou algum acontecimento logo me recordo de quem realmente somos. Seres falhos e imperfeitos. Egoístas e egocêntricos. Almas desencontradas.  Por mais que possamos ter relacionamentos harmoniosos, isso é apenas fachada, períodos de acordo e paz que escondem uma infinidade de desejos não realizados e concessões muitas vezes consideradas injustas. Apesar do carinho, do apego e da amizade, a maioria das uniões estáveis são apenas prisões. Será que alguém consegue ser aceito como realmente é? Um tentando reprimir o outro para tê-lo só para si, enquanto segue alimentando sonhos de uma liberdade da qual foi obrigado a abrir mão como castigo por ter acorrentando uma alma. Não quero prender ninguém e assim torná-lo infeliz. Tenho exercitado o amor incondicional, deixando-o livre para ser quem ele quer, mas tampouco quero sentir-me presa. Também quero fluir e ser quem sou. Ser aceita e amada sem ter que fingir encaixar no modelo ideal que ñ existe.
No entanto, essa almejada liberdade é um paradoxo, já que esta acaba sendo outra prisão! De que adianta ser livre? Posso eu ter tudo aquilo que desejo?
Não quero mais ter medo. "O que realmente há atrás do arco-íris?". Não me permito mais pensar que não posso ter tudo o que quero!! Quero ter tudo que quero e vou!! Não vou deixar a amargura e a descrença me fazerem desistir dos meus sonhos. 
Doravante, amando sempre com a razão, não duvido que exista um amor genuíno entre os seres, mas não creio que este dure para sempre, nem que torne o ser humano puro, só porque ama. Entregando-nos a fria razão nos tornamos cruéis. Assim, fielmente sigo o caminho da razão levando sempre comigo uma pitadinha de ilusão, o suficiente apenas para tornar a caminhada mais colorida.

2 comentários:

  1. É isso aí, menina... A gente precisa e deve tingir a vida de cores que realcem nosso ser; independente do que possam dizer e pensar os outros.

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