segunda-feira, 12 de março de 2012

A época da inocência




Assisti esse filme ontem pela segunda vez...
Sou muito fã do Daniel Day-Lewis e neste filme ele está maravilhoso.
É uma história de amor muito intensa e não realizada. Uma história de mal entendidos, de preconceitos, de fachadas, de decisões mal tomadas e de remorsos.
Na primeira vez que assisti fiquei com raiva da Madame Olenska. Pensei que ela era uma mulher que se dava a joguinhos de sedução para atingir seus objetivos e de fato não o amava porque não quis se entregar a ele, que estava perdidamente apaixonado por ela.
Mas agora, assistindo pela segunda vez, tive pena dela. Creio que ela de fato era inocente e o seduziu inconscientemente com seus modos espontâneos e cheios de vida. E, de fato, estava por ele seduzida. Considero-a então muito forte por ter resistido de tantas formas aos assédios daquele homem que a desejava ardentemente.
Haviam muitas coisas em jogo: a amizade de sua prima, o respeito da família, sua posição social. No fim, para que os outros não sofressem, renunciou a viver o seu amor. 
Todavia, quem errou ainda mais foi ele, pois quando ela quis legalizar o divórcio, ele a aconselhou a não fazê-lo. Assim, ela entendeu tudo errado. 
E daí em diante, tudo foi ficando mais complicado e impossível.
Apesar de Newland Archer ter sido um completo imbecil, não tem como não se comover com a profundidade dos seus sentimentos. As cenas da ópera mostram o quanto era sensível, por isso sabia apreciar a arte tão intensamente e amar de maneira tão eloquente. Eu adoro isso!! Mas como todo apaixonado, era um tolo e como todos, teve que se conformar com as circunstâncias. Isso eh trágico. Talvez por isso seja tão lindo. Por que machuca...

Como eu vi no msn de uma amiga minha: a arte existe porque a vida não basta.

Com certeza!!
Por isso, amo a arte. Intensamente.

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