domingo, 7 de novembro de 2010

Indiferente

Foram muitas paixões 
Várias páginas acrescentadas
à minha história de amor.
Momentos intensos e marcantes
Dos quais quase nada ficou.

São assim as paixões
Apenas vício...
que oculta um grande vazio
mascarando a busca de significado
Até que a gente aprende
O que sempre soubemos

Dentre tudo, há algo que permanece
Além da complexidade do insconsciente
E não admite explicação
Simplesmente faz parte!
E quando a memória nos trai
Uma música lembra

E assim qualquer detalhe
traz a tona o que é verdadeiro
Sempre e sempre
...algo que nunca se esquece que sente
   e mesmo que tenha fim
   ainda faz parte da gente
   pois uma vez "amor"
   jamais indiferente!!


me
2001

4 comentários:

  1. "pois uma vez "amor"
    jamais indiferente!"

    Eu amo essa frase.

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  2. Esse poema TEM QUE SER PUBLICADO ele vai ser tao famoso quanto soneto de fidelidade, é muito muito muitoooooooo profundo e marcante, sem contar a rima que é perfeita, sem exageros ...
    Amo sentir o que eu sinto quando leio poemas como esse, é uma alegria insaciável por visualizar como existem pessoas tão sensíveis ao amor capaz de descrever algo tão grandioso, já que esse é tão indescritível. E saber que vc é uma delas me da muita felicidade.
    "E quando a memória nos trai
    Uma música lembra

    E assim qualquer detalhe
    traz a tona o que é verdadeiro
    Sempre e sempre
    ...algo que nunca se esquece que sente
    e mesmo que tenha fim
    ainda faz parte da gente"

    eu acho que esse fim é apenas em um sentido figurado, porque na verdade o amor permanece para sempre, como vc disse faz parte da gente. E isso é o que me leva a acreditar que pode amar verdadeiramente mais de uma vez na vida, porque como disse Lord Byron uma vez " na sua primeira paixão você ama o amante, mas na outras você ama o amor". Então entende-se que o que quardamos, aquilo que fica na gente, não é a lembrança do amante em sim, mas do amor que foi dedicado a ele ....

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  3. Concordo totalmente com vc e com o nosso eterno Lord. Inclusive, escrevi este poema inspirada num romance com alguém que eu pensava amar. Mais tarde, as músicas deixaram de me fazer sentí-lo e eu percebi que nunca o amei, o que eu amava era o amor. Mas algumas delas continuam a me atormentar com certas recordações. No entanto, não tenho vontade de amá-los. Tenho vontade apenas de relembrar e ressentir aquele amor. Apenas isso.

    Um dia quando estava numa fossa muito grande, um amigo que encontrei casualmente me disse: Não encana com essa coisa de achar que a gent soh ama uma vez na vida. O último amor é sempre o melhor.

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  4. Esqueci de comentar tua frase: "amo sentir o que eu sinto quando leio poemas como esse". Essa frase me encheu de uma alegria incalculável!! Não por tê-lo escrito, mas por saber que alguém pode compreender o que eu sinto quando leio. A leitura me faz sentir coisas que não dá para explicar. Por exemplo: alguns trechos daquele romance q t indiquei: o morro dos ventos uivantes. Temos uma sensibilidade aguçada para apreciar a arte, mesmo que muitas vezes não saibamos explicar. "Apenas sentimos intensamente".

    Vc não imagina o q senti quando a Hanna Schimtz na prisão começou a ouvir a voz do Michael lendo aqueles romances maravilhosos que ele lia para ela durante o tempo em que viveram aquela paixão avassaladora. Eu fiquei imaginando a emoção que ela estava sentindo ao ouvir o Michael, o seu Michael, o Michael que ela amara. Oh my!! Eh amor demais!!! Amor demais!! "Everything I need... Everything I want!! Forever!!!!!!

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